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17/07/2014

Já fui para o Marrocos


Nossa segunda viajante deu um pulo em Marrocos e dividiu suas impressões com a Já fui.

(Como assim segunda viajante? Já teve uma primeira?? Claro, dá uma olhada aqui!!)

Quem é você?
Meu nome é Vanessa, eu tenho 27 anos, sou formada em Publicidade e já trabalhei como mídia em agências de publicidade. Também já trabalhei com pesquisa e atualmente tenho uma marca de produtos feitos à mão, a Yarn.

Porque você viaja?
Eu viajo por curiosidade de conhecer novos lugares, por vontade de sair da minha zona de conforto. Eu viajo para conhecer outras culturas, para visitar lugares históricos que só conhecia através de livros, para provar outras comidas. Conhecer a culinária local é algo que eu não abro mão quando viajo.


Porque você escolheu viajar para o Marrocos?
Eu estava fazendo um intercâmbio na Itália quando decidi visitar o Marrocos. Eu tinha vontade de conhecer algum país africano, mas que fosse perto da Europa e que eu pudesse viajar por um custo baixo. Tive curiosidade por ser um país bem diferente, com uma cultura que eu não conhecia antes de visitar. Fui com uma amiga que fala francês, o que nos ajudou bastante. Considerando as cidades que eu conheci, achei um país incrível. Mas realmente não posso dizer como é morar lá, porque visitamos o país por 5 dias e ficamos em um lugar turístico.

Qual foi a maior dificuldade que você teve?
A única dificuldade que tivemos foi para encontrar o nosso hotel em Marrakech, que era dentro da cidade antiga. Eram umas ruelas realmente pequenas e que não tinham sinalização para que pudéssemos nos localizar através no nome da rua. Precisamos pagar uns meninos para nos ajudarem a encontrar o hotel, sem saber se eles nos levariam ao lugar certo. Nos hospedamos em um riad, que são antigas casas e palacetes transformados em hotéis. São muito bonitos. No meio do riad tem um jardim para o qual os quartos são abertos, e o que separava o quarto do banheiro era uma cortina.



O que você mais gostou?
Eu gostei muito de uma praça de Marrakech chamada Djemaa el-Fna. Ela é Patrimônio Imaterial da UNESCO. Nesta praça ficam os encantadores de serpentes, adestradores de macacos, as odaliscas e outros artistas. Lá tem barraquinhas com muitos tipos de comida diferentes, suco de laranja... Tinha lugares que faziam tratamentos de beleza (até fizemos um com óleo de Argan! Rs). Também gostei muito dos mercados de rua chamados Souks que vendem de tudo: temperos, tecidos, luminárias, comidas, instrumentos musicais... Eram vários labirintos, com vários setores pelos quais você vai passando. Gostei muito da praça e destes mercados.


O que você não imaginava que encontraria/aconteceria no Marrocos, mas que acabou encontrando/acontecendo?
Algo que eu não sabia, já que não conhecia muita coisa da cultura marroquina antes de chegar no país, é que umas cinco vezes por dia é proferida uma prece na Medina, em um alto-falante, que pode ser ouvida pelas pessoas em qualquer lugar. As pessoas que estão na rua, por exemplo, param para rezar. Às vezes toca às 4h da manhã. Na primeira vez que tocou depois que chegamos nós acordamos apavoradas! Como estávamos hospedadas muito perto de uma Medina, o som era muito alto, e não sabíamos o que aquele cântico significava. Nós já tínhamos lido algo a respeito, mas até então não sabíamos como era.

Ainda que você tenha ficado pouco tempo no país, teve algum aspecto cultural que você achou difícil para se adaptar?
Não... Eu só achava estranho quando entrávamos em um café, por exemplo, é só tinha homens. Não víamos grupos de mulheres fazendo a mesma coisa. Pelo menos não nas cidades que nós visitamos.

E tu sentia algum olhar estranho por ser mulher e frequentar esses lugares?
Em Marrakech, na parte mais turística, não. Em Casablanca, que já não é tão turística, acho que eles não estão tão acostumados, aí recebemos alguns olhares estranhos, até mesmo do taxista. Mas aí não sei se era por sermos mulheres ou por sermos turistas. Mas nada de mais, a gente só percebia que eles não estavam tão receptivos.



Qual a impressão que você teve do povo marroquino?
Na parte turística eles me pareciam tentar ser bastante receptivos, falavam várias línguas para tentar se comunicar com as pessoas, principalmente os vendedores. Me pareceu um povo bem alegre.

Além dos lugares que você já citou, você teve a oportunidade de conhecer outros lugares em Marrocos?
Eu fui para a praia de Essaouira, onde passei um dia. Era bonito, mas acabamos perdendo muito tempo. Nós viajamos em um ônibus de linha que foi por uma estradinha e demorou 5 horas. Nós não quisemos ir com um ônibus de turistas e nos demos mal. Já tínhamos pouco tempo e acabamos demorando muito mais. O ônibus era estranho, foi meio apavorante, mas valeu a experiência. Você sabe o que é palíndromo? São aquelas palavras que lidas da direita para a esquerda formam a mesma palavra que quando lidas da esquerda para a direita. Um dos mais famosos da língua portuguesa é o "Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos”. Nós vivemos este palíndromo!!! (Risos). Casablanca é muito bonita. É onde fica a Mesquita Hassan II, que é a segunda maior mesquita do mundo (a primeira é a de Meca). Uma parte do chão da mesquita é de vidro e, como Casablanca fica à beira mar, você pode enxergar a água através do vidro. É muito bonito! Outro lugar que as pessoas costumam visitar quando viajam para o Marrocos é o deserto, mas eu acabei não indo.

Para quem não conhece, é um país fácil de se achar?
Com um bom guia é fácil!! (Risos). Em Marrakech, praticamente toda a parte turística fica na Medina, que é a cidade antiga, então não é tão difícil de se achar. A Medina é como se fosse um centro histórico da cidade, mas como antigamente tinha um muro ao redor é como se fosse uma cidade fechada.

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